O Papa de maior carisma da História está, mais do que nunca, ao alcance de seus admiradores. "Não Tenham Medo", lançamento da Ediouro, revela a conversa que João Paulo II teve com o jornalista e escritor francês André Frossard. Das inúmeras entrevistas que o Pontífice deu ao longo da vida, esta é, sem dúvida, a mais impactante. Pela primeira vez um Papa dizia EU e falava sobre suas próprias crenças. Num tom de intimidade, o livro traz um esboço autobiográfico, uma confissão de fé e uma exposição doutrinal. A voz do Pontífice ecoa longe e nenhum assunto fica de fora: sua pessoa, os costumes, a Igreja, o mundo, o atentado. Neste grande testemunho sobre o nosso tempo, o Papa fala - com espírito de precisão, minúcia e rigor que sempre o caracterizou - sobre a natureza da Igreja, a essência da fé religiosa, a moral, a sua própria vida - desde a infância na Polônia - e o atentado de 13 de maio de 1981. Há, também, várias referências ao Brasil. João Paulo II recorda sua visita à favela do Vidigal, no Rio de Janeiro, e cita muitos trechos do discurso que pronunciou na ocasião. Diz que o Brasil é um país-continente em que se condensam todos os desafios da Igreja contemporânea. "Não Tenham Medo", título da obra, foram as primeiras palavras que Karol Wojtyla falou na condição de Papa. Desde então, arrebanhou milhões de pessoas ao redor do planeta, mobilizou governos e se mostrou dono de um carisma suficiente para reunir as massas aonde quer que fosse - e não apenas em países de maioria católica. O livro é um depoimento emocionante do líder da Igreja católica que o mundo jamais esquecerá.