Seja bem vindo

Se você já possui cadastro na nossa loja, informe abaixo seus dados de login para entrar

Cód. Produto: 170367

CAVIAR - A ESTRANHA HISTORIA E O FUTURO INCERTO DA

Autor(es):
Editora:
44

Calcule o frete e o prazo

loader
Tipo de entrega Entrega* Valor

* O prazo de entrega inicia-se no 1º dia útil após a confirmação do pagamento. Informações referentes apenas para 01 unidade deste item.

Quando Winston Churchill despachou Lorde Beaverbrook para discutir a Segunda Guerra Mundial com Joseph Stalin, em 1941, deu-lhe duas instruções rigorosas: voltar para a Inglaterra com um acordo e "11 quilos do bom". Não muito depois, os soviéticos pagaram a Charlie Chaplin, como direitos autorais pela publicação de um trecho de sua autobiografia no jornal Isvetzia, quatro quilos bem pesados. O milionário grego Aristóteles Onassis preferia comê-los prensados, como os camponeses. Christian Dior cobria-os com um ovo mal-passado. Não faltam histórias saborosas ao livro "Caviar, a estranha história e o futuro incerto da iguaria mais cobiçada do mundo ", da americana Inga Saffron, que está sendo lançado no Brasil pela editora "Intrínseca". Apetitosas como as próprias ovas do esturjão que, ao longo de 300 anos, deixaram de ser comida de porcos, escravos, índios e aldeões para se transformar no mais caro e cobiçado manjar a freqüentar a mesa de ricos, famosos e perdulários do mundo inteiro. O caviar, que Inga comeu pela primeira vez em escassa porção num charmoso restaurante do Greenwich Village, quando tinha 17 anos, e com o qual se fartou ao longo da década de 90, quando foi correspondente em Moscou do jornal "Philadelphia Inquirer", é o fio condutor de uma sólida e bem escrita reportagem sobre a ganância humana. Em nome de um peixe pré-histórico, capaz de viver mais de 100 anos, medir 8 metros e meio e carregar no seu ventre até 400 quilos de ovas, a avidez produziu guerras, chacinas, atos de pirataria e alimenta, hoje, a mafiosa economia subterrânea da Rússia pós-revolucionária. Habitante das águas frias do mar Cáspio, o esturjão também protagonizou paradoxos históricos, como o que aproximou os bolcheviques russos dos burgueses europeus que eles prometiam destruir com a teoria da revolução permanente. Ameaçada pela competição predatória da época tzarista, a pesca do esturjão foi estatizada, regulamentada e controlada com mão de ferro pelos comissários do leninismo. Durante sete décadas, os comunistas russos cultivaram o mito do caviar como os cubanos construíram a utopia dos charutos perfeitos. Dizimavam burgueses na União Soviética e empanturravam de caviar burgueses das melhores mesas européias. Para assegurar o sucesso da nova estatal, recorreram aos mais dramáticos métodos da ditadura do proletariado. Astracã, a cidade às margens do rio Volga que sempre foi uma espécie de capital da produção do caviar, presenciou prisões e fuzilamentos em massa de pescadores e trabalhadores que se rebelaram contra a criação do "soviete do esturjão". O fausto europeu silenciou, diante de fartas e untuosas porções de caviar beluga - considerado até hoje o melhor do mundo, embora o livro de Inga Saffron esclareça que, mesmo a este respeito, há controvérsias. A verdade é que até hoje há ricos no mundo inteiro que sentem saudades da proteção estalinista à indústria do caviar. O cartel estatal desmoronou junto com a União Soviética e, ao longo do anos 90, as ovas escuras e cintilantes ganharam o mercado negro. Instalou-se a pesca predatória dos "brakanieri", variação russa da palavra bucaneiro, e cada estátua de Lênin derrubada nas praças correspondia à destruição precoce de milhares de cardumes de esturjão no Mar Cáspio. Inga Saffron relata, com ricas descrições obtidas através de sua experiência pessoal de repórter na clandestina economia da nova Rússia, como o colapso do comunismo transformou o comércio do caviar num negócio sem controle - lucrativo, selvagemente competitivo e corrupto. E mostra como a cupidez pode levar à façanha de extinguir um peixe cuja existência remonta a 250 milhões de anos antes do surgimento do primeiro homem. Um peixe que sobreviveu à catástrofe que acabou com os dinossauros. Mas que tem poucas chances de sobreviver à globalização. A extinção não é a única sina do caviar. O alimento mais caro do mundo parece estar fadado a ser produzido sob regimes excepcionais. Depois da época de glória na ditadura leninista do proletariado, os esturjões trocaram de revolução e agora sustentam uma indústria regida pelo fundamentalismo dos aiatolás iranianos. "Os aiatolás salvaram a indústria do caviar", conta Inga Saffron, na parte final do livro.
Autor(es):
SAFFRON, INGA
Dimensões:
21,0cm x 14,0cm x 1,8cm
Páginas:
320
Acabamento:
BROCHURA
ISBN:
9788598078021
Código:
170367
Código de barras:
9788598078021
Edição:
Ed. 1 / 2004
Data de Lançamento:
01/01/2004
Peso:
400
  • Informações do produto Seta - Abrir
    Quando Winston Churchill despachou Lorde Beaverbrook para discutir a Segunda Guerra Mundial com Joseph Stalin, em 1941, deu-lhe duas instruções rigorosas: voltar para a Inglaterra com um acordo e "11 quilos do bom". Não muito depois, os soviéticos pagaram a Charlie Chaplin, como direitos autorais pela publicação de um trecho de sua autobiografia no jornal Isvetzia, quatro quilos bem pesados. O milionário grego Aristóteles Onassis preferia comê-los prensados, como os camponeses. Christian Dior cobria-os com um ovo mal-passado. Não faltam histórias saborosas ao livro "Caviar, a estranha história e o futuro incerto da iguaria mais cobiçada do mundo ", da americana Inga Saffron, que está sendo lançado no Brasil pela editora "Intrínseca". Apetitosas como as próprias ovas do esturjão que, ao longo de 300 anos, deixaram de ser comida de porcos, escravos, índios e aldeões para se transformar no mais caro e cobiçado manjar a freqüentar a mesa de ricos, famosos e perdulários do mundo inteiro. O caviar, que Inga comeu pela primeira vez em escassa porção num charmoso restaurante do Greenwich Village, quando tinha 17 anos, e com o qual se fartou ao longo da década de 90, quando foi correspondente em Moscou do jornal "Philadelphia Inquirer", é o fio condutor de uma sólida e bem escrita reportagem sobre a ganância humana. Em nome de um peixe pré-histórico, capaz de viver mais de 100 anos, medir 8 metros e meio e carregar no seu ventre até 400 quilos de ovas, a avidez produziu guerras, chacinas, atos de pirataria e alimenta, hoje, a mafiosa economia subterrânea da Rússia pós-revolucionária. Habitante das águas frias do mar Cáspio, o esturjão também protagonizou paradoxos históricos, como o que aproximou os bolcheviques russos dos burgueses europeus que eles prometiam destruir com a teoria da revolução permanente. Ameaçada pela competição predatória da época tzarista, a pesca do esturjão foi estatizada, regulamentada e controlada com mão de ferro pelos comissários do leninismo. Durante sete décadas, os comunistas russos cultivaram o mito do caviar como os cubanos construíram a utopia dos charutos perfeitos. Dizimavam burgueses na União Soviética e empanturravam de caviar burgueses das melhores mesas européias. Para assegurar o sucesso da nova estatal, recorreram aos mais dramáticos métodos da ditadura do proletariado. Astracã, a cidade às margens do rio Volga que sempre foi uma espécie de capital da produção do caviar, presenciou prisões e fuzilamentos em massa de pescadores e trabalhadores que se rebelaram contra a criação do "soviete do esturjão". O fausto europeu silenciou, diante de fartas e untuosas porções de caviar beluga - considerado até hoje o melhor do mundo, embora o livro de Inga Saffron esclareça que, mesmo a este respeito, há controvérsias. A verdade é que até hoje há ricos no mundo inteiro que sentem saudades da proteção estalinista à indústria do caviar. O cartel estatal desmoronou junto com a União Soviética e, ao longo do anos 90, as ovas escuras e cintilantes ganharam o mercado negro. Instalou-se a pesca predatória dos "brakanieri", variação russa da palavra bucaneiro, e cada estátua de Lênin derrubada nas praças correspondia à destruição precoce de milhares de cardumes de esturjão no Mar Cáspio. Inga Saffron relata, com ricas descrições obtidas através de sua experiência pessoal de repórter na clandestina economia da nova Rússia, como o colapso do comunismo transformou o comércio do caviar num negócio sem controle - lucrativo, selvagemente competitivo e corrupto. E mostra como a cupidez pode levar à façanha de extinguir um peixe cuja existência remonta a 250 milhões de anos antes do surgimento do primeiro homem. Um peixe que sobreviveu à catástrofe que acabou com os dinossauros. Mas que tem poucas chances de sobreviver à globalização. A extinção não é a única sina do caviar. O alimento mais caro do mundo parece estar fadado a ser produzido sob regimes excepcionais. Depois da época de glória na ditadura leninista do proletariado, os esturjões trocaram de revolução e agora sustentam uma indústria regida pelo fundamentalismo dos aiatolás iranianos. "Os aiatolás salvaram a indústria do caviar", conta Inga Saffron, na parte final do livro.
  • Especificações Seta - Abrir
    Autor(es):
    SAFFRON, INGA
    Dimensões:
    21,0cm x 14,0cm x 1,8cm
    Páginas:
    320
    Acabamento:
    BROCHURA
    ISBN:
    9788598078021
    Código:
    170367
    Código de barras:
    9788598078021
    Edição:
    Ed. 1 / 2004
    Data de Lançamento:
    01/01/2004
    Peso:
    400