Em O Século dos Intelectuais, Michel Winock nos oferece um abrangente estudo do papel político dos intelectuais franceses desde o final do século XIX até os anos 80. Segundo o autor, a obra descreve os confrontos políticos que opuseram escritores, filósofos, artistas e cientistas... Em especial três nomes merecem destaque, simbolizando três momentos: Maurice Barrès, o homem que se dividiu em diversas almas, segundo ele próprio. André Guide que teve a coragem de confessar publicamente seu homossexualismo; e Jean Paul Sartre, que viveu abertamente sua relação amorosa com Simone de Beauvoir. Apesar de seus opositores, Sartre é o "intelectual universal", o "supremo contemporâneo". A história desses homens, que influíram no pensamento, na sensibilidade e no comportamento de sua época, às vezes se confunde com a história política da França, principal cenário de suas atuações. O Século dos Intelectuais afirma o seu valor como importante relato histórico. O objetivo de Michel Winock foi tornar inteligível a pluralidade das causas, a complexidade das motivações subjacentes, oferecendo uma amostra do pensamento desses intelectuais. Winock está longe de justificar o pensamento político dos intelectuais retratados no livro. Ele busca a gênese de suas diferentes atitudes políticas, assim como o cerne dos meios sociais e dos fatores individuais de cada época, sem perder o rigor histórico.