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Cód. Produto: 84542

DOMADOS - COMO A CULTURA TRAIU O HOMEM AMERICANO

Autor(es):
Editora:
77.5

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Quando o assunto é a crise da masculinidade, a mídia normalmente se atém a aspectos superficiais da questão, como o conceito inventado de metrossexual, o sucesso dos medicamentos contra disfunção erétil ou a eterna pré-adolescência do homem moderno. Em Domados Como a cultura traiu o homem americano, a historiadora e jornalista ganhadora do prestigioso Pulitzer, Susan Faludi, vai muito mais fundo. Ela mostra que a masculinidade é uma construção cultural variável e nem sempre necessária. Os homens, vistos como guardiões da fortaleza, são, na verdade, moldados por ela, fato que nem eles, nem as mulheres parecem notar. Para chegar a tal conclusão, a autora investiga a história da sociedade americana no século XX e identifica o baby-boom dos anos pós-Segunda Guerra como o momento em que os tradicionais valores masculinos começaram a ser traídos e implodidos. Os homens americanos que venceram a Segunda Guerra foram criados numa época em que a masculinidade era medida pelo caráter, estoicismo, integridade, confiabilidade, responsabilidade, disposição para colocar os outros em primeiro lugar e o desejo de proteger, prover e se sacrificar. Ou seja: não era muito diferente da maternidade. Aqueles homens voltaram do front com a certeza do dever cumprido e com sua masculinidade reforçada. Eles procriaram e deram o mundo de presente aos filhos, que herdaram uma nação rica e poderosa como jamais existira. Essa nação, entretanto, não cumpriu a promessa de que a vida seria para sempre próspera e segura. A verdade é que os filhos do baby-boom não herdaram dos pais a ética do soldado, mas o boneco Falcon, o G. I. Joe. Antes, ser homem era ser útil na vida pública; hoje os cidadãos são encorajados a ficar fora dela. Vencer é vender mais ou comprar mais. O pai já não tem conhecimento e autoridade para transmitir ao filho, apenas bens, quando muito. Vivemos na época da cultura ornamental, construída em torno da celebridade da imagem, do glamour e do entretenimento, do marketing e do consumismo, um portal cerimonial para lugar nenhum. O predador sexual se tornou objeto sexual, nas capas de revistas e nos anúncios da Calvin Klein. As esporas do Homem de Marlboro deram lugar aos tênis Nike do bad boy violento, glamourizado pela mídia. Os empregados que pretendiam dedicar uma vida inteira de trabalho e lealdade à empresa empregadora foram apunhalados pelo downsizing, o corte drástico de pessoal. Os fiéis torcedores do futebol viram seus times fazerem as malas e se mudarem para cidades economicamente mais vantajosas, porque ninguém precisa de estádios cheios quando se tem a publicidade e a audiência da TV. Os homens foram traídos pelas instituições que os fizeram acreditar que eles eram parte de um grupo e que suas colaborações individuais faziam diferença. Agora, eles não sabem mais por onde ir ou em quem confiar. O homem americano lutou contra os índios, os nazistas e os comunistas. E antes que ele se desse conta de que o inimigo havia evaporado, sua caça inclemente já havia se voltado para alvos internos: a proliferação das mulheres nos escritórios, os gays no exército, os jovens negros nas ruas, os imigrantes ilegais. Daí vieram os massacres em escolas e lanchonetes e a bomba em Oklahoma. No dia-a-dia, o instinto guerreiro foi desviado para os videogames, as lutas nos canais pay-per-view da TV por assinatura e os filmes de ação, produtos para o consumo. Hoje, a violência oculta a falta de propósito do homem e de sua nação. Como isso aconteceu em tão curto espaço de tempo? Em seu livro, Susan Faludi não está interessada no embate cultural entre homens e mulheres. Sua pergunta é: por que os homens se recusam a se engajar em sua própria causa? Por que eles não tentam reverter o esvaziamento de sua masculinidade? Por que eles não se revoltam, como as mulheres fizeram? Para encontrar as respostas, a autora leva o leitor a um mergulho surpreendente nas vidas pessoais dos funcionários demitidos de um estaleiro desativado pelo governo americano; dos integrantes de uma torcida que foi abandonada por seu time de futebol; dos cadetes que lutam contra a entrada de mulheres nas academias militares e mantêm travestis como amantes; dos homens que criaram uma seita cristã baseada na crise da masculinidade; dos veteranos desiludidos e sanguinários da Guerra do Vietnã; dos astronautas que descobriram a inutilidade de seu glamour vazio ao voltarem do espaço; dos jovens integrantes de uma gangue de classe média; de um astro pornô que se suicidou ao se ver reduzido a uma ereção mal remunerada; dos cidadãos obcecados pelo direito ao porte de armas; dos policiais envolvidos no massacre de dezenas de mulheres e crianças; dos editores da revista masculina Details e do ator Sylvester Stallone, que se revela, em entrevistas exclusivas, um escravo patético do personagem Rambo.
Autor(es):
FALUDI, SUSAN
Dimensões:
23,0cm x 16,0cm x 3,0cm
Páginas:
644
Código:
84542
Edição:
Ed. 1 / 2006
Data de Lançamento:
01/01/2006
Peso:
880
  • Informações do produto Seta - Abrir
    Quando o assunto é a crise da masculinidade, a mídia normalmente se atém a aspectos superficiais da questão, como o conceito inventado de metrossexual, o sucesso dos medicamentos contra disfunção erétil ou a eterna pré-adolescência do homem moderno. Em Domados Como a cultura traiu o homem americano, a historiadora e jornalista ganhadora do prestigioso Pulitzer, Susan Faludi, vai muito mais fundo. Ela mostra que a masculinidade é uma construção cultural variável e nem sempre necessária. Os homens, vistos como guardiões da fortaleza, são, na verdade, moldados por ela, fato que nem eles, nem as mulheres parecem notar. Para chegar a tal conclusão, a autora investiga a história da sociedade americana no século XX e identifica o baby-boom dos anos pós-Segunda Guerra como o momento em que os tradicionais valores masculinos começaram a ser traídos e implodidos. Os homens americanos que venceram a Segunda Guerra foram criados numa época em que a masculinidade era medida pelo caráter, estoicismo, integridade, confiabilidade, responsabilidade, disposição para colocar os outros em primeiro lugar e o desejo de proteger, prover e se sacrificar. Ou seja: não era muito diferente da maternidade. Aqueles homens voltaram do front com a certeza do dever cumprido e com sua masculinidade reforçada. Eles procriaram e deram o mundo de presente aos filhos, que herdaram uma nação rica e poderosa como jamais existira. Essa nação, entretanto, não cumpriu a promessa de que a vida seria para sempre próspera e segura. A verdade é que os filhos do baby-boom não herdaram dos pais a ética do soldado, mas o boneco Falcon, o G. I. Joe. Antes, ser homem era ser útil na vida pública; hoje os cidadãos são encorajados a ficar fora dela. Vencer é vender mais ou comprar mais. O pai já não tem conhecimento e autoridade para transmitir ao filho, apenas bens, quando muito. Vivemos na época da cultura ornamental, construída em torno da celebridade da imagem, do glamour e do entretenimento, do marketing e do consumismo, um portal cerimonial para lugar nenhum. O predador sexual se tornou objeto sexual, nas capas de revistas e nos anúncios da Calvin Klein. As esporas do Homem de Marlboro deram lugar aos tênis Nike do bad boy violento, glamourizado pela mídia. Os empregados que pretendiam dedicar uma vida inteira de trabalho e lealdade à empresa empregadora foram apunhalados pelo downsizing, o corte drástico de pessoal. Os fiéis torcedores do futebol viram seus times fazerem as malas e se mudarem para cidades economicamente mais vantajosas, porque ninguém precisa de estádios cheios quando se tem a publicidade e a audiência da TV. Os homens foram traídos pelas instituições que os fizeram acreditar que eles eram parte de um grupo e que suas colaborações individuais faziam diferença. Agora, eles não sabem mais por onde ir ou em quem confiar. O homem americano lutou contra os índios, os nazistas e os comunistas. E antes que ele se desse conta de que o inimigo havia evaporado, sua caça inclemente já havia se voltado para alvos internos: a proliferação das mulheres nos escritórios, os gays no exército, os jovens negros nas ruas, os imigrantes ilegais. Daí vieram os massacres em escolas e lanchonetes e a bomba em Oklahoma. No dia-a-dia, o instinto guerreiro foi desviado para os videogames, as lutas nos canais pay-per-view da TV por assinatura e os filmes de ação, produtos para o consumo. Hoje, a violência oculta a falta de propósito do homem e de sua nação. Como isso aconteceu em tão curto espaço de tempo? Em seu livro, Susan Faludi não está interessada no embate cultural entre homens e mulheres. Sua pergunta é: por que os homens se recusam a se engajar em sua própria causa? Por que eles não tentam reverter o esvaziamento de sua masculinidade? Por que eles não se revoltam, como as mulheres fizeram? Para encontrar as respostas, a autora leva o leitor a um mergulho surpreendente nas vidas pessoais dos funcionários demitidos de um estaleiro desativado pelo governo americano; dos integrantes de uma torcida que foi abandonada por seu time de futebol; dos cadetes que lutam contra a entrada de mulheres nas academias militares e mantêm travestis como amantes; dos homens que criaram uma seita cristã baseada na crise da masculinidade; dos veteranos desiludidos e sanguinários da Guerra do Vietnã; dos astronautas que descobriram a inutilidade de seu glamour vazio ao voltarem do espaço; dos jovens integrantes de uma gangue de classe média; de um astro pornô que se suicidou ao se ver reduzido a uma ereção mal remunerada; dos cidadãos obcecados pelo direito ao porte de armas; dos policiais envolvidos no massacre de dezenas de mulheres e crianças; dos editores da revista masculina Details e do ator Sylvester Stallone, que se revela, em entrevistas exclusivas, um escravo patético do personagem Rambo.
  • Especificações Seta - Abrir
    Autor(es):
    FALUDI, SUSAN
    Dimensões:
    23,0cm x 16,0cm x 3,0cm
    Páginas:
    644
    Código:
    84542
    Edição:
    Ed. 1 / 2006
    Data de Lançamento:
    01/01/2006
    Peso:
    880