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Cód. Produto: 38550

DICIONARIO DO BRASIL COLONIAL (1500-1808)

Autor(es):
Editora:
134.9

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Durante o Santo Ofício brasileiro, o personagem que mais desafiou os dogmas da Igreja por suas preferências sexuais foi uma mulher, Filipa de Sousa, que usou e abusou de sua homossexualidade sendo, em contrapartida, a mais castigada pela Inquisição. Enquanto isso, o padre Antônio Vieira, como a maioria dos jesuítas da colônia, condenava a escravidão indígena e defendia, paradoxalmente, a africana. Os escravos sofriam até na hora de se vestir, já que a carta régia de 1696 ao governador do Brasil censurava o luxo dos trajes das escravas. Essas e centenas de outras curiosidades sobre o período colonial brasileiro fazem parte do DICIONÁRIO DO BRASIL COLONIAL, obra inédita na historiografia nacional, um mosaico dos usos e costumes públicos e privados durante os três primeiros séculos da história do Brasil. Minuciosa pesquisa do historiador Ronaldo Vainfas e mais cinco especialistas, essa publicação vem suprir uma lacuna na bibliografia colonial. Segundo Vainfas, os dicionários históricos editados até hoje pecam ou por abranger a história do Brasil como um todo, ou por abordar aspectos particulares, muito específicos de um dado momento. Analisando o período que vai de 1500 a 1808, este é o primeiro dicionário crítico sobre as raízes coloniais brasileiras. Uma edição em boa parte inspirada no que François Furet e Mona Ozouf publicaram sobre a Revolução de 1789, o Dicionário Crítico da Revolução Francesa. O recorte cronológico adotado no dicionário inicia em 1500 e termina em 1808. No entanto, é possível encontrar verbetes sobre fatos posteriores a esse ano, já que muitos personagens da corte joanina fizeram carreira no Brasil imperial. O fato de os verbetes se encerrarem no ano de 1808 explica-se, em primeiro lugar, porque entre 1808-1822 o Brasil passou de Colônia a Reino (1815). E ainda porque em 1808 iniciou-se o processo de emancipação política do Brasil - para alguns estendida até 1831 -, época que pertence mais à construção do Império do Brasil do que à história colonial propriamente dita. Na verdade, após 1808, não há mais Brasil Colônia. Mesmo que a opção tenha sido a de apresentar o DICIONÁRIO DO BRASIL COLONIAL através de nominata corrida, dispondo-se os verbetes em ordem alfabética, independente da matéria tratada, a equipe responsável pela obra operou com quatro categorias de vocabulário: Conceitos ou estruturas históricas desde os mais gerais, a exemplo de mercantilismo ou absolutismo, àqueles de perfil mais específico, como no caso de termos etnográficos (banto, tupinambá) ou de expressões que funcionam como "janelas" para flagrar costumes ou tipos sociais da época colonial (cárcere, suplício, cirurgiões, cristãos - novos etc). Instituições, sobretudo às ligadas ao governo secular ou eclesiástico da colonização portuguesa, optando-se sempre, para respeitar a intenção analítica dos verbetes, pelas instituições mais abrangentes, em vez de adotar a inumerável pulverização de cargos ou instâncias administrativas da época. Eventos, aqui orientados segundo dois principais eixos factuais: os episódios de conflito externo (bem como as reações luso-brasileiras); e as tensões internas, desde as lutas indígenas e rebeliões escravas mais acirradas até as inconfidências ou conjurações de finais do século XVIII, passando por motins, guerras de facções e outros episódios que puseram em cena a "desordem" política ou social na Colônia. Foram ainda contemplados no dicionário eventos portugueses diretamente ligados à história do Brasil, como a União Ibérica (1580) e a Restauração (1640). Personália revela os personagens que direta ou indiretamente atuaram no período colonial, desde o topo da hierarquia social e política metropolitana até os rebeldes mais desafiadores, como Zumbi dos Palmares. Desfilam pelos verbetes, invasores, índios e quilombolas, religiosos, reis, donatários, desbravadores, poetas e letrados. Figuram, ainda, anônimos que não constam na galeria dos personagens oficiais: são místicos, beatas, visionários, hereges, sodomitas - nomes revelados pela pesquisa histórica posterior a 1980, que ajudam a compreender os sentimentos e modos de vida de uma sociedade meio encantada e meio diabólica como a era colonial.
Autor(es):
VAINFAS, RONALDO
Dimensões:
23,0cm x 16,0cm x 3,0cm
Páginas:
600
Acabamento:
BROCHURA
ISBN:
9788573023206
Código:
38550
Código de barras:
9788573023206
Edição:
Ed. 1 / 2000
Peso:
901
  • Informações do produto Seta - Abrir
    Durante o Santo Ofício brasileiro, o personagem que mais desafiou os dogmas da Igreja por suas preferências sexuais foi uma mulher, Filipa de Sousa, que usou e abusou de sua homossexualidade sendo, em contrapartida, a mais castigada pela Inquisição. Enquanto isso, o padre Antônio Vieira, como a maioria dos jesuítas da colônia, condenava a escravidão indígena e defendia, paradoxalmente, a africana. Os escravos sofriam até na hora de se vestir, já que a carta régia de 1696 ao governador do Brasil censurava o luxo dos trajes das escravas. Essas e centenas de outras curiosidades sobre o período colonial brasileiro fazem parte do DICIONÁRIO DO BRASIL COLONIAL, obra inédita na historiografia nacional, um mosaico dos usos e costumes públicos e privados durante os três primeiros séculos da história do Brasil. Minuciosa pesquisa do historiador Ronaldo Vainfas e mais cinco especialistas, essa publicação vem suprir uma lacuna na bibliografia colonial. Segundo Vainfas, os dicionários históricos editados até hoje pecam ou por abranger a história do Brasil como um todo, ou por abordar aspectos particulares, muito específicos de um dado momento. Analisando o período que vai de 1500 a 1808, este é o primeiro dicionário crítico sobre as raízes coloniais brasileiras. Uma edição em boa parte inspirada no que François Furet e Mona Ozouf publicaram sobre a Revolução de 1789, o Dicionário Crítico da Revolução Francesa. O recorte cronológico adotado no dicionário inicia em 1500 e termina em 1808. No entanto, é possível encontrar verbetes sobre fatos posteriores a esse ano, já que muitos personagens da corte joanina fizeram carreira no Brasil imperial. O fato de os verbetes se encerrarem no ano de 1808 explica-se, em primeiro lugar, porque entre 1808-1822 o Brasil passou de Colônia a Reino (1815). E ainda porque em 1808 iniciou-se o processo de emancipação política do Brasil - para alguns estendida até 1831 -, época que pertence mais à construção do Império do Brasil do que à história colonial propriamente dita. Na verdade, após 1808, não há mais Brasil Colônia. Mesmo que a opção tenha sido a de apresentar o DICIONÁRIO DO BRASIL COLONIAL através de nominata corrida, dispondo-se os verbetes em ordem alfabética, independente da matéria tratada, a equipe responsável pela obra operou com quatro categorias de vocabulário: Conceitos ou estruturas históricas desde os mais gerais, a exemplo de mercantilismo ou absolutismo, àqueles de perfil mais específico, como no caso de termos etnográficos (banto, tupinambá) ou de expressões que funcionam como "janelas" para flagrar costumes ou tipos sociais da época colonial (cárcere, suplício, cirurgiões, cristãos - novos etc). Instituições, sobretudo às ligadas ao governo secular ou eclesiástico da colonização portuguesa, optando-se sempre, para respeitar a intenção analítica dos verbetes, pelas instituições mais abrangentes, em vez de adotar a inumerável pulverização de cargos ou instâncias administrativas da época. Eventos, aqui orientados segundo dois principais eixos factuais: os episódios de conflito externo (bem como as reações luso-brasileiras); e as tensões internas, desde as lutas indígenas e rebeliões escravas mais acirradas até as inconfidências ou conjurações de finais do século XVIII, passando por motins, guerras de facções e outros episódios que puseram em cena a "desordem" política ou social na Colônia. Foram ainda contemplados no dicionário eventos portugueses diretamente ligados à história do Brasil, como a União Ibérica (1580) e a Restauração (1640). Personália revela os personagens que direta ou indiretamente atuaram no período colonial, desde o topo da hierarquia social e política metropolitana até os rebeldes mais desafiadores, como Zumbi dos Palmares. Desfilam pelos verbetes, invasores, índios e quilombolas, religiosos, reis, donatários, desbravadores, poetas e letrados. Figuram, ainda, anônimos que não constam na galeria dos personagens oficiais: são místicos, beatas, visionários, hereges, sodomitas - nomes revelados pela pesquisa histórica posterior a 1980, que ajudam a compreender os sentimentos e modos de vida de uma sociedade meio encantada e meio diabólica como a era colonial.
  • Especificações Seta - Abrir
    Autor(es):
    VAINFAS, RONALDO
    Dimensões:
    23,0cm x 16,0cm x 3,0cm
    Páginas:
    600
    Acabamento:
    BROCHURA
    ISBN:
    9788573023206
    Código:
    38550
    Código de barras:
    9788573023206
    Edição:
    Ed. 1 / 2000
    Peso:
    901