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AVENTURA DO ESTILO, A

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A aventura do estilo reúne pela primeira vez no Brasil a aparentemente improvável correspondência entre dois dos maiores nomes da literatura de língua inglesa, donos de estilos e personalidades um tanto díspares: o americano Henry James (1843-1916) e o britânico Robert Louis Stevenson (1850-1894). Partindo das divergências, o diálogo revela um interesse compartilhado pelo ofício do texto e se desdobra em uma troca de cartas pessoais que duraria até a morte de Stevenson. O resultado é uma ode à amizade e uma singular, rica e saborosa discussão poética que toca em questões centrais sobre a escrita às vésperas do século 20, sobretudo no que diz respeito aos modos de entender o realismo e a natureza da ficção. Com organização e tradução de Marina Bedran, o volume inaugura a coleção Marginália, que revelerá aspectos menos conhecidos de alguns dos maiores escritores modernos a partir da reunião de cartas, bilhetes, ensaios, artigos e outros textos. A curadoria da coleção ficou a cargo do jornalista Miguel Conde. De um lado, a crônica da alta sociedade vitoriana e a densidade psicológica de James em obras-primas como Retrato de uma senhora; de outro, o romanesco, os estereótipos e as aventuras de Stevenson, autor dos enormemente populares A ilha do tesouro e O médico e o monstro. Como sintetizou Janet Adam Smith, a primeira a compilar o material, “nas casas em que os romances de James formam uma longa fila no escritório, quase todos os de Stevenson estão no quarto das crianças (...); naquelas em que Stevenson é o principal ornamento literário, (...) provavelmente não haverá um livro sequer de James”. E a impressão inicial que um teve do outro, após um primeiro encontro em Londres, em 1879, só reforça essa distância. Para James, Stevenson parecia “um belo de um poseur (de um modo inofensivo)”, enquanto Stevenson avaliou James como “um mero habitué de clubes”. A correspondência tem início em setembro de 1884 nas páginas da revista inglesa Longman’s, em artigo no qual James busca libertar o romance de suas funções de entretenimento para que possa competir com a vida e transmitir um ar de realidade – em outras palavras, se afirmando como arte. Três meses mais tarde, no mesmo veículo, vem o “humilde protesto” de Stevenson, que insiste no caráter artificial da literatura. Para ele, a vida é “monstruosa, infinita, ilógica, abrupta e pungente; uma obra de arte, em comparação, é pura, finita, autossuficiente, racional, fluida e emasculada”. Depois, em cartas, a conversa assume um caráter íntimo e menos definitivo, permitindo confissões, brincadeiras e lamentos que enriquecem a ideia que se tem de cada um. A leitura é, dessa forma, capaz de desconstruir noções preconcebidas sobre as obras de ambos e, mais do que isso, revelar como a arte do romance tomou a forma que tem hoje. O diálogo também acompanha momentos singulares nas trajetórias dos escritores, como a experiência de James no teatro e a peregrinação de Stevenson pelos trópicos. “Dado o amplo escopo de questões em que estas cartas tocam, é de admirar que ainda sejam pouco conhecidas, mesmo no universo da língua inglesa, e com isso se perde um diálogo dos mais interessantes. Para tentar remediar isso, as cartas que sobreviveram ao caos do correio samoano, à censura da família e aos erros editoriais vêm agora à luz em português, na versão mais completa a que foi possível chegar”, afirma Marina Bedran, mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo.
Autor(es):
STEVENSON, ROBERT LOUIS, JAMES, HENRY
Dimensões:
21,0cm x 14,0cm x 2,0cm
Páginas:
272
ISBN:
9788532530530
Código:
238676
Código de barras:
9788532530530
Data de Lançamento:
01/01/2017
Peso:
312
  • Informações do produto Seta - Abrir
    A aventura do estilo reúne pela primeira vez no Brasil a aparentemente improvável correspondência entre dois dos maiores nomes da literatura de língua inglesa, donos de estilos e personalidades um tanto díspares: o americano Henry James (1843-1916) e o britânico Robert Louis Stevenson (1850-1894). Partindo das divergências, o diálogo revela um interesse compartilhado pelo ofício do texto e se desdobra em uma troca de cartas pessoais que duraria até a morte de Stevenson. O resultado é uma ode à amizade e uma singular, rica e saborosa discussão poética que toca em questões centrais sobre a escrita às vésperas do século 20, sobretudo no que diz respeito aos modos de entender o realismo e a natureza da ficção. Com organização e tradução de Marina Bedran, o volume inaugura a coleção Marginália, que revelerá aspectos menos conhecidos de alguns dos maiores escritores modernos a partir da reunião de cartas, bilhetes, ensaios, artigos e outros textos. A curadoria da coleção ficou a cargo do jornalista Miguel Conde. De um lado, a crônica da alta sociedade vitoriana e a densidade psicológica de James em obras-primas como Retrato de uma senhora; de outro, o romanesco, os estereótipos e as aventuras de Stevenson, autor dos enormemente populares A ilha do tesouro e O médico e o monstro. Como sintetizou Janet Adam Smith, a primeira a compilar o material, “nas casas em que os romances de James formam uma longa fila no escritório, quase todos os de Stevenson estão no quarto das crianças (...); naquelas em que Stevenson é o principal ornamento literário, (...) provavelmente não haverá um livro sequer de James”. E a impressão inicial que um teve do outro, após um primeiro encontro em Londres, em 1879, só reforça essa distância. Para James, Stevenson parecia “um belo de um poseur (de um modo inofensivo)”, enquanto Stevenson avaliou James como “um mero habitué de clubes”. A correspondência tem início em setembro de 1884 nas páginas da revista inglesa Longman’s, em artigo no qual James busca libertar o romance de suas funções de entretenimento para que possa competir com a vida e transmitir um ar de realidade – em outras palavras, se afirmando como arte. Três meses mais tarde, no mesmo veículo, vem o “humilde protesto” de Stevenson, que insiste no caráter artificial da literatura. Para ele, a vida é “monstruosa, infinita, ilógica, abrupta e pungente; uma obra de arte, em comparação, é pura, finita, autossuficiente, racional, fluida e emasculada”. Depois, em cartas, a conversa assume um caráter íntimo e menos definitivo, permitindo confissões, brincadeiras e lamentos que enriquecem a ideia que se tem de cada um. A leitura é, dessa forma, capaz de desconstruir noções preconcebidas sobre as obras de ambos e, mais do que isso, revelar como a arte do romance tomou a forma que tem hoje. O diálogo também acompanha momentos singulares nas trajetórias dos escritores, como a experiência de James no teatro e a peregrinação de Stevenson pelos trópicos. “Dado o amplo escopo de questões em que estas cartas tocam, é de admirar que ainda sejam pouco conhecidas, mesmo no universo da língua inglesa, e com isso se perde um diálogo dos mais interessantes. Para tentar remediar isso, as cartas que sobreviveram ao caos do correio samoano, à censura da família e aos erros editoriais vêm agora à luz em português, na versão mais completa a que foi possível chegar”, afirma Marina Bedran, mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo.
  • Especificações Seta - Abrir
    Autor(es):
    STEVENSON, ROBERT LOUIS, JAMES, HENRY
    Dimensões:
    21,0cm x 14,0cm x 2,0cm
    Páginas:
    272
    ISBN:
    9788532530530
    Código:
    238676
    Código de barras:
    9788532530530
    Data de Lançamento:
    01/01/2017
    Peso:
    312
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